terça-feira, 31 de agosto de 2010

Caminhos de Pedra e Caminhos da Colônia - Parte 2: Começando a pedalar

Após termos visitado a casa colonial, degustado um suco de uso (alguns bebericaram um vinho) começamos o nosso preparo para começar a pedalar,


A primeira providência foi registrar o momento com uma foto do grupo de Passo Fundo assim com as parreiras centenárias nos rodeando e a casa do "quatrilho" ao fundo está o nosso grupo: Nataniel, Lorenzini, Guilherme, Daniela, Ivan, Vanessa, Xyko e o César agachado. As parreiras nessa época ainda estão dormindo e com isso predomina o marrom dos troncos e caules. Paisagem que vai se renovar em pouco tempo, no máximo trinta dias, quando os brotos e as folhas novas trarão vida e renovação para toda essa região.


Estávamos com as capas de chuva e agasalhados pois estava garoando fino e, por ser cedo da manhã - 9 h -  ainda estava um pouco frio.


Momento registrado, fomos retirar nossa bikes do reboque do Ivan (futuro patrimônio do Pedal na Noite) e nos preparar para o pedal afinal; Nós viemos aqui para pedalar ou conversar?


Em poucos minutos a turma de Passo Fundo estava com tudo pronto. Alguns ajustes finais, verificar a pressão do pneu, apertos daqui e dali, lubrificação da correia, verificação dos alforjes, encher as caramanholas e estávamos "indóceis no partidor". E daí ... espera pela turma toda...






Com parte da turma preparada uma foto em frente à Cantina Strapasson.


Todos prontos, saímos para pedalar. Os mais afoitos tomaram a dianteira e o grupo seguiu pela estrada velha de Bento a Farroupilha. Logo adiante abandonamos a estrada principal e começamos a seguir por estradas mais estreitas e com menor movimento. As primeiras subidas, foram as mais difíceis pois aida estávamos


Fomos em direção à São Marcos de Farroupilha onde paramos para agrupar o pessoal.


De São Marcos paramos em  fomos em direção à ponte de ferro do Rio das Antas. Antes disso paramos num posto numa localidade (acho que chama São Pedro) onde, por coincidência, quatro ou cinco bicicletas apresentaram problemas, ou de pneu furado ou com a correia. O grupo se mostrou muito legal pois todo mundo se oferecia para ajudar.  De São Marcos até a ponte a estrada era asfaltada e na descida muita gente aproveitou para a soltar a bike. Chegamos na ponte onde o ônibus e a van nos aguardavam com comida e água para uma pequeno intervalo.




O Rio das Antas nesse trecho é muito bonito. Com já não chovia a bastante tempo ao rio estava baixo. Isso também em conseqüência de uma pequena usina hidrelétrica que fica rio acima. O interessante é que por lei essa usina deve deixar passar para o leito natural do rio 20% da vazão. Os outros 80% são desviados para um túnel de 12 m de diâmetro escavado no interior do morro. As turbinas para a geração de eletricidade estão no meio do morro e a água, após ser utilizada, volta ao rio no outro lado da montanha de uma forma interessante: ela não jorra ela entra por baixo do rio.

Depois da ponte, virando à esquerda, tínhamos a estrada asfaltada que levava a Nova Roma do Sul e virando à direita uma estrada linda que serpenteando o Rio das Antas nos levaria até o Belvedere Sonda em Nova Pádua. O passeio, é lógico, contemplava essa última opção.  

Após nos abastecermos fomos, então, por essa estrada de terra até uma balsa para atravessar o Rio das Antas. Nesse percurso paramos perto do rio em uma cachoeira para admirar e bater algumas fotos. Como já mencionei o rio estava baixo e muitas pedras ficaram visíveis.


Desse lugar fomos em direção à barca que nos colocaria no lado do rio pertencente à Nova Pádua. Também por estradas legais, subidas e descidas leves e boas de pedalar.

Atravessamos a barca e nos preparamos para a subida da serra do Rio das Antas.


A subida foi um desafio. Apesar de não ser uma subida constante, havia pequenos platôs, foi árdua ... Muitos empurraram as bicicletas. A turma de Passo Fundo honrou as horas de pedal na quarta à noite e sábados à tarde e pedalou o tempo todo. Em aproximadamente 5 km subimos 600 m. Algumas das chamadas "quebra de níveis" exigiram força e cadência. Em muitos lugares usei a marcha mais leve. Mesmo errando o caminho (deveríamos ter continuado por uma estrada de terra) chegamos bem no topo da montanha.

Nas foto abaixo, já no Belvedere Sonda, pode-se ver por onde passamos, desde a cachoeira, pela estrada que acompanha o rio, a balsa e a estrada da subida.





Daqui fomos a Flores da Cunha pedalando 20 km por estrada de asfalto passando por Nova Pádua uma cidade bem agradável. 

Chegamos em Flores da Cunha e o Xyko e eu fomos direto para o Hotel Fiorio que ficava na saída da cidade. O pessoal parou numa praça central para se agrupar e tirar algumas fotos.


Também tiramos fotos da Igreja da terra do galo. Estive em Flores da Cunha na minha lua de mel (na Pousada do Galo Vermelho) e alguns anos depois para conhecer o Belvedere Sonda (quando ainda estavam construindo o mirante e o hotel). Dessa vez encontrei uma cidade totalmente modificada, moderna e pujante com ruas limpas, boa sinalização e organizada.



O hotel foi ótimo (o meu quarto era meio simples, acho que na parte velha do hotel). No hotel descobrimos até uma coleção de máquinas fotográficas antigas e alguns relógios. Olhando algumas máquinas fotográficas lembramos os tempos de infância.

Após descansarmos um pouco fomos jantar. O restaurante muito bacana, com atendimento de primeira comida farta, servida à francesa. Gostei muito do rizoto com rúcula. Depois de um dia à base de barrinhas e gel, repeti os pratos algumas vezes.

Mais uma pequena caminhada de volta para o hotel, para fazer a digestão, e cama ... que amanhã tem mais.

Um comentário:

  1. Olá:

    Bonita/interessante a foto!
    Realmente, Flores da Cunha é uma cidade fascinante... Estive lá alguns anos atrás (junto com Nova Pádua!): muito boa a viagem!
    Estive no Belvedere Sonda tb. Aquela vista é uma das imagens mais bonitas que se tem no RS!
    Essa parte da Serra Gaúcha (CAMINHOS DE PEDRA, entre outras) é muito bacana...
    É isso.

    Abraços,
    Rodrigo O Rosa (POA)

    ResponderExcluir