Comecei (recomecei) a andar de bicicleta em outubro de 2009. Quem me convidou foi o Paulo Estacia e depois o Everton Lima também mencionou que havia um grupo que pedalava junto.
Mas com a insistência do Paulo mencionei o fato para o Alexandre Higushi. Prontamente o Alexandre passou a pesquisar na Internet qual a bicicleta mais adequada para mim. É claro que tínhamos a opção de monta uma bicicleta porém optamos em comprar uma já montada e testada. A opção foi pela Scott Aspect 40. Passamos lá na BikeTour e após algumas negociações comprei a bike.
Quando ela chegou, deixei a magrela lá em casa. Olhava para ela e não me animava a pedalar. Dias depois, com todos equipamentos de segurança me animei a andar com ela pelo bosque. Mais para aprender a troca de marchas e como se com portava. Com o passar dos dias fui me animando e ficando mais seguro. O preparo físico foi melhorando (aliado às idas a academia) e o peso foi diminuindo. Afinal se compra uma bicicleta leve e só de gordura levamos conosco um exagero de peso. Com a confiança lá em cima, voltando para casa, resolvi subir num meio-fio. Foi o primeiro tombo. Não levantei a roda da frente o suficiente e voei por cima da bicicleta. O estrago não foi grande apenas alguns hematomas. O estrago maior foi na roda da frente da bike que teve que ser arrumada.
O meu primeiro passeio fora da rota: casa - bosque - Av. Getulio Vargas foi com o Alexandre. Fomos para a trilha do Bertol. Na estrada estava tudo às mil maravilhas, passamos pelo riacho sem muitas reclamações. Foi entrar na trilha e já não me mantinha sobre a bicicleta. Era um tombo atrás do outro. Não gostei do espaço estreito para manobras, não tinha "jogo de cintura" para aquilo além da trilha com umidade e muitas partes escorregadias. Foi a minha primeira experiência negativa com a trilha. Achava que não era para o meu equilíbrio já meio ancião.
Mesmo assim me senti seguro para acompanhar o pessoal no passeio do sábado à tarde. Ainda mais que soube que algumas vezes o passeio era por estradas de chão evitando as trilhas. O passeio foi em direção a Coxilha e saída na Efrica. Um passeio sensacional (afinal era o primeiro) com muito esforço físico e sem quedas. Ainda mais recebendo dicas do Xyko sobre como usar de maneira adequada as marchas para evitar lesões de esforço repetitivo.
No passeio seguinte, mais um tombo. Fomos para os lados da trilha do Bertol. Ao iniciar uma descida, numa trilha, me passei, não me equilibrei direito e fui para o chão. O pessoal continuou mato a dentro, o Paulo e o Cesar me escoltaram até em casa (voltei pedalando). O interessante foi que tive um pressentimento. Via a descida e pensei "acho que não vai dar, é melhor descer a pé". Não ouvi meus pressentimentos e deu no que deu.
Continuei fazendo os passeios dos sábados à tarde e alguns passeios sozinho. Sofri algumas pequenas quedas sem conseqüência, tipo derrapar numa curva, velocidade muito lenta em subida íngreme, etc.
À medida que acompanhava a turma e complementava com aulas na academia fui melhorando a performance. Durante os passeios recebi inúmeras dicas (principalmente do Xyko) as quais agradeço. O problema mesmo era o equilíbrio e o "jogo de cintura" que com o tempo (principalmente quando se recomeça mais tarde) vai se perdendo.
Um tombo pelo menos não foi culpa minha. Estava voltando para casa inteiro, após um dos nossos passeiso de sábado, quando numa descida (30 km/h) apareceram três piás fazendo "Down Hill" na rua. O primeiro me ultrapassou, quando o segundo foi me ultrapassar tocou minha roda traseira e me desequilibrei. Outro tombo feio no asfalto com direito a quebra do capacete e diversas escoriações. Imaginem a chegada em casa.
O interessante é que fiz o Audax 200 de Porto Alegre, sem nenhuma queda ou problema relacionado à falta de equilíbrio. Foi um desafio (como já descrevi em postagem anterior) que exigiu um bom preparo físico mas apenas o básico em relação ao equilíbrio.
Domingo desses resolvi aceitar o convite do Everton Lima (IOT) para um passeio (passando o Clube Comercial) e indo em direção à trilha do lixão. Mau negócio. Enquanto estávamos na estrada tudo bem. Ai resolvi aceitar trilhar um pouco. No início até que foi bem, lá pelas tantas a trilha estreitou, tinha uma valeta do lado e ... tombo. Tombo feio com direito à sangramento nasal, inúmeras escoriações. Voltei pedalando e me prometendo "trilha nunca mais". Outra entrada triunfante em casa ... com filhas e esposa se preocupando. Sangramento pelo nariz assusta todo mundo. E o pior quebraram os meus melhores óculos. A bike teve algumas escoriações mas nada de mais. Foi dar um banho, lubrificar e estava nova.
A mãe de todos os tombos (até agora) ocorreu por outra imprudência. Num passeio de sábado, um sábado lindo, com temperatura agradável uma trilha ótima e um pessoal excelente. Estávamos numa boa turma e, repito, o caminho escolhido estava perfeito, com boas descidas e subidas que puseram a prova a nossa forma física. A queda ocorreu por mais um descuido. Voltando um pouco no tempo: minutos antes o Dudi e eu havíamos comentado sobre as velocidades de descida, que estávamos lá para um exercício aeróbico em contato com a natureza. Por isso, não cabia nos arriscarmos nas descidas. Afinal nós vivemos da boa saúde das nossas mãos e temos que estar inteiros para trabalhar. Então seguindo o que havíamos decidido, estava descendo numa boa, quando vi um filete de sangue no braço direito (havia caído no Centro Cirúrgico uma semana antes), me assustei e instintivamente freei a roda dianteira da bike. Deu no que deu. Um baita tombo sobre o lado esquerdo, com direito a abertura dos ponto já dados e eteceteras. Esse sim eu senti. Doía tudo, sentia frio, os colegas querendo ajudar e eu queria só me esquentar. Enfim, com meu kit de urgências os colegas limparam o ferimento do cotovelo, colocaram uma gaze e passaram uma atadura. Sangria estancada, com dores pelo corpo retomamos a volta para casa. Voltei com o apoio de alguns colegas que resolveram encurtar o caminho. A volta foi muito ruim. A pior dor não era a do cotovelo era de uma contusão na coxa. É lógico que a pior, mas a pior dor mesmo, era a do EGO. Novamente a entrada em casa foi triunfal. Achei que iam mandar vender a bicicleta. Tentei entrar despercebido mas não consegui. Tomei um banho e fui lá para o IOT onde o Dr. Luiz Henrique, além de suturar o cotovelo, fez um exame físico geral e solicitou alguns Rx. Sobrou uma sub luxação no ombro (que já está melhor). Foi sem dúvida o tombo com maiores conseqüências. Mesmo por que uma fissura na costela resultou numa contusão pulmonar e uma pneumonia. Pouca coisa. Por isso passei uns vinte dias de molho.
No domingo retrazado fui até Sertão pelo asfalto. Fui e voltei em duas horas. Aos poucos vou voltando as atividades e no próximo sábado (dia 19/06) estarei na Praça da Mãe às 15:00 h para mais um passeio com a turma e sem tombos, espero ...
Escrevi essa postagem, um pouco para desabafar, mas também para refletir sobre o fato de que os tombos ocorrem nas nossas vidas, só não podemos ser derrotados por eles. O que temos que fazer é aprender com eles. No meu caso: por falta de "jogo de corpo" as trilhas estão banidas dos meus passeios e não se deve frear a roda da frente, abruptamente, numa descida (aprender a usar o freio a disco hidráulico), e outras "cositas".
Lembrar que o tombo pode ficar na memória mas não deve ser um empecilho para que agente prossiga fazendo o que faz com prazer.
Abraços.
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